Evangelho Genérico e outros Placebos


 
* placebo: forma farmacêutica sem atividade, cujo aspecto é idêntico ao de outra farmacologicamente ativa. (Dicionário Aurélio)

A sociedade moderna tateia no escuro a procura de placebos que amenizem o vazio de sua alma. E assim caminha a humanidade, de festa em festa, numa vã esperança que termina no apagar das luzes e no fim das baladas, na inevitável volta a uma sombria realidade.

O mundo mais do que nunca precisa de heróis que o resgatem de si mesmo, mas tais heróis não virão montados em trios elétricos e vestidos de abadá, tão pouco entrarão por nossa chaminé dizendo "ho-ho-ho", nem sairão dos televisores durante a exibição de novelas sem fim. Chega de heróis baratos que não podem pagar o preço do nosso resgate!

Jesus Cristo pagou o mais alto preço para quebrar os grilhões que nós, muitas vezes, ainda insistimos em usar como adereços; quantos lares cristãos ainda continuam acorrentados ao vazio, entorpecidos pelas altas doses de mundanismo e embriagados por efemeras ilusões, a espera da inevitável ressaca que virá.

Basta de placebos, é preciso administrar rapidamente o único remédio eficaz para sarar o vazio da alma, antes que do estado vegetativo migremos coletivamente para a morte espiritual.

Também é preciso tomar cuidado com o Evangelho Genérico, que diz ter o mesmo princípio ativo, mas carrega outro nome em seu rótulo. O nome que faz a diferença não é o do pseudo-pregador que anuncia a si mesmo ou proclama o céu na terra somente para recrutar desavisados; o nome que faz toda a diferença é Jesus Cristo! Hoje a cruz foi substituida por liberalidade, a santidade deu lugar a conveniência e a renúncia pessoal deu lugar a prosperidade. Em nosso coração, no lugar de Cristo, esta assentado outro rei, um protoditador chamado hedonismo; a busca pelo prazer substituiu a busca por Deus, e por isso há este vazio tão grande nos corações e olhares de tantas pessoas.

Não se conforme com este mundo, mundo que jaz no maligno, mas renove a sua mente, desperte do coma, procure ter a mente de Cristo e enxergar as coisas como realmente elas são.

Não precisamos de chuvas de confete no carnaval, não precisamos de chuva de espuma em boates, não precisamos de chuva de besteiras na televisão, não precisamos de chuva de aplausos quando falamos, precisamos sim de uma chuva serôdia que purifique nossos pensamentos, precisamos sim de uma chuva de bálsamo que alivie verdadeiramente a dor de nossas feridas mais profundas.

Chega de superficialidade, precisamos urgentemente de santidade, pois sem santidade ninguém poderá ver ao Senhor...

Fonte: Chuva de Bálsamo, por Pulpito Cristão

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