Sejamos Árvores




Todos os ensinamentos de Jesus encerram grandes verdades. Aquele que fala da figueira que secou, quando ele disse: Que nunca ninguém mais coma de seus frutos, contém lições valiosas que servirão de alerta a tantos que neste orbe se encontram em tarefas.
Cada árvore que aqui existe, traz missão muito importante. Os frutos saborosos que poderão oferecer aos famintos, a sombra acolhedora aos que se encontram cansados, e o perfume das flores aos tristes e desiludidos.
Se trazem tal missão, devem cumpri-la!
Para que serve uma árvore que não produz os frutos que tantos esperam, para alimentá-las e ajudá-las a prosseguir a caminhada?
Para que serve uma árvore que não traz o abrigo das folhas fartas e verdejantes, para o repouso dos que estão cansados do caminho e procuram uma sombra?
Para que serve uma árvore que sequer uma flor produza para alegrar a visão do transeunte triste, ajudando a perfumar-lhe a vida, para continuar sua caminhada mais fortalecido espiritualmente?
Se somos árvores, como todos os que estão em tarefa neste orbe, saibamos ser produtivas e frondosas, para não aconteça, venhamos a secar, se negarmos nossos frutos, o perfume das nossas flores e a sombra amiga aos que necessitarem. Cumpramos nossa missão, se carregamos, na árvore que somos, mais frutos que as outras que ainda não conseguiram crescer para produzirem os seus próprios!
Sejamos árvores frondosas e frutíferas, mas saibamos distribuir os frutos, para que eles não venham a apodrecer e cair sem serem utilizados!
Sejamos árvores que abrigam os pássaros que enfeitam a Natureza, para, com seu canto, também suavizar a existência dos que se encontram desiludidos!
Sejamos árvores em toda a plenitude de suas funções!
Não só folhas, não só galhos, para que não venhamos a secar pela nossa própria inutilidade.
Sejamos árvores úteis e ativas, a fim de que os animais peçonhentos nelas não encontrem abrigo, nem os insetos daninhos as envolvam, para que não aconteça, se um viajante mais incauto sob ela quiser repousar, saia picado, vindo a perecer pela peçonha que lhe foi transmitida.
Sejamos árvores, sim, mas frondosas e atuantes, distribuindo somente a aragem fresca, a sombra amiga e os frutos saborosos àqueles que por nós passarem, que Deus, em acréscimo, colocará os ninhos dos pássaros em nossa fronde, a fim de que nos agrademos do seu canto mavioso e nos alegremos, no momento em que estivermos sós e nenhum viajante passar por nós!
Saibamos, nós, aqui neste orbe, cumprir a nossa missão, quais árvores frondosas, sem nunca recusarmos a mão amiga aos que necessitarem, principalmente se tivermos mais condições que os outros.
Se assim procedermos, Deus, agradecido pelo nosso trabalho, multiplicará as nossas possibilidades e poderemos auxiliar muito mais. E, qual a árvore que, nos seus momentos de solidão, tem o canto dos pássaros que soube aninhar em sua fronde, teremos, cada vez mais, as bênçãos de Deus, e estaremos cuidando, também, para que, qual a figueira que negou seus frutos, não venhamos a secar!

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